Sabin Por: Sabin
Leitura
12min 21s
OUVIR 00:00
AAA

As arboviroses são doenças que geram grande preocupação em saúde pública. Dentre as mais conhecidas, destacam-se a dengue, zika e chikungunya, devido a sua alta incidência no Brasil.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a dengue é a arbovirose com maior prevalência em solo brasileiro. Sua transmissão é mais proeminente em meses chuvosos de cada região, devido ao acúmulo de água parada, o que propicia a proliferação do mosquito transmissor.

A chikungunya é uma doença relativamente nova no Brasil, tendo os primeiros casos sido identificados em 2014. Atualmente, todos os estados apresentam transmissão dessa doença. Já a zika ganhou grande destaque em razão da epidemia ocorrida entre os anos de 2015 e 2016, e sua potencial relação com casos de microcefalia congênita.

Neste conteúdo, abordaremos as principais diferenças entre essas doenças, seus sintomas, como é feito o diagnóstico e como realizar a prevenção.

O que são arboviroses?

As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, um grupo de vírus que compartilham uma mesma característica: são transmitidos por artrópodes, em sua maioria mosquitos hematófagos (que se alimentam de sangue). As arboviroses de maior destaque epidemiológico incluem as já mencionadas dengue, zika, chikungunya, além da febre amarela.

A maior parte dos arbovírus pertence aos gêneros Alphavirus e Flavivirus, que apresentam grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros vertebrados e invertebrados. Os arbovírus circulam entre animais silvestres, sendo o homem e os animais domésticos considerados hospedeiros acidentais.

Como acontece a transmissão?

A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre por meio de um vetor em comum: o mosquito Aedes aegypti, um mosquito de tamanho pequeno quando comparado a outros, e que apresenta coloração preta com listras brancas no tronco, cabeça e patas.

Os vírus são transmitidos somente pelas fêmeas do Aedes aegypti, que se alimentam de sangue para maturar seus ovos, enquanto os machos se alimentam apenas de seiva vegetal e não picam humanos. 

O ciclo de transmissão começa quando uma fêmea é infectada ao se alimentar de sangue de um animal ou pessoa que está na fase aguda da doença, ou seja, apresentando os sintomas. O mosquito infectado pode, então, transmitir o vírus para outras pessoas ao picá-las para se alimentar.

Um detalhe importante a ser destacado é que uma vez infectado, o mosquito adquire capacidade de transmissão do vírus por todo ciclo de sua vida, podendo atingir até duas semanas de duração.

O que é a dengue?

A dengue é uma doença causada por um vírus do tipo arbovírus (gênero Flavivirus) e possui 4 diferentes sorotipos conhecidos: DENV 1, 2, 3 e 4. Após ser infectada, a pessoa passa por um período de incubação, que pode durar de cinco a seis dias até o início dos sintomas.

É uma doença que pode afetar pessoas de qualquer idade e os sintomas mais comuns são eritemas (pequenas manchas avermelhadas na pele), dores musculares e articulares, fadiga, dor de cabeça intensa, febre alta, perda de apetite, vômitos e dores atrás dos olhos. Em alguns casos, os sinais clínicos podem ser leves ou até mesmo ausentes.

Para saber mais informações sobre a dengue, sugerimos a leitura do conteúdo: Como a dengue é transmitida?

O que é a zika?

A zika é uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKV), um arbovírus também membro do gênero Flavivirus. O ZIKV foi descoberto e isolado no final da década de 40, em macacos na floresta Zika, localizada na Uganda, África. A partir daí, o vírus foi detectado em diversos países e continentes, incluindo a América do Sul.

Quais os sintomas?

Assim como a dengue, a infecção pelo vírus Zika apresenta período que pode variar de dois a sete dias para o aparecimento dos sintomas. No entanto, uma parcela significativa das pessoas infectadas evolui sem apresentar qualquer sintoma.

Quando sintomática, a zika pode apresentar quadro clínico variável, envolvendo manifestações brandas e autolimitadas. Os sintomas mais comuns incluem erupções cutâneas, febre, conjuntivite não purulenta, dores musculares e articulares, mal-estar e dor de cabeça.

Perceba que os sintomas da zika são semelhantes a outras arboviroses e doenças infecciosas, sendo necessária a realização de exames laboratoriais para o diagnóstico conclusivo.

Quais as possíveis complicações da zika?

Apesar de ser, na maioria dos casos, uma doença com sinais clínicos leves, a zika gera preocupação devido a sua associação com complicações neurológicas, principalmente na gestação.

O vírus Zika pode ser transmitido da gestante infectada para o feto durante o período gestacional, o que pode gerar anormalidades congênitas. Estudos científicos encontraram associações entre a infecção pelo vírus durante a gravidez e o nascimento de bebês com microcefalia e outras malformações congênitas, bem como parto prematuro e aborto espontâneo.

A infecção também pode estar associada ao desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (um distúrbio autoimune que ataca o sistema nervoso), neuropatia e mielite, principalmente em adultos. Contudo, é necessário enfatizar que mais estudos são necessários para esclarecer o real papel do vírus Zika nessas patologias.

O que é a chikungunya?

A chikungunya é uma doença causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), um arbovírus do gênero alphavirus. O nome “chikungunya” se deve ao local onde o vírus foi inicialmente descrito, na Tanzânia. A população local usava o termo para descrever uma doença que afeta as articulações, um dos principais sintomas apresentados.

Quais os sintomas?

Após o período de incubação (dois a sete dias), a sintomatologia característica da chikungunya é a febre de início abrupto, frequentemente associada a fortes dores articulares. Outros sintomas também são relatados e podem abranger dores pelo corpo, erupções avermelhadas pela pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor de garganta e diarreia ou dor abdominal (especialmente em crianças).

A doença possui um quadro de evolução que pode ser dividido em três fases. A primeira (ou aguda) é mais febril, e tem duração que varia de uma a duas semanas. A segunda (ou pós-aguda) tem duração maior, com persistência dos sintomas por mais de dois meses. Por fim, pode se tornar crônica caso os sintomas durem mais de três meses. 

A maioria dos pacientes se recupera totalmente, mas, em alguns casos, a dor nas articulações pode persistir por vários meses ou até anos.

Podem ocorrer outras manifestações não tão comuns que afetem os sistemas nervoso e cardiovascular, pele, rins, olhos, entre outros. Existem associações da chikungunya com casos de meningoencefalite, encefalopatia, convulsões e síndrome de Guillain-Barré.

Muitas vezes, os sintomas em indivíduos infectados são leves e a infecção pode passar despercebida ou ser diagnosticada erroneamente, como dengue.

Qual exame detecta dengue, zika e chikungunya?

O diagnóstico da dengue, zika e chikungunya leva em consideração os sintomas apresentados pelo paciente, exame físico e histórico epidemiológico da região onde o paciente vive (se é ou não uma área endêmica). Entretanto, não é possível diferenciar as três doenças apenas pela observação clínica, em virtude da semelhança entre os sintomas, sendo necessária a realização de exames complementares.

Atualmente, é possível fazer o diagnóstico diferencial entre as três doenças, por meio de um único exame: a Detecção Molecular do Vírus da Dengue, Zika e Chikungunya. Esse exame é um painel molecular para detecção qualitativa dos vírus ZIKV, DENV e CHIKV, através da técnica de PCR em tempo real. Com uma única amostra de sangue coletada, o painel consegue identificar o agente viral que causa a infecção e, dessa forma, estabelecer o diagnóstico preciso.

Não existem contraindicações para a realização do exame, sendo indicado quando há suspeita de infecção. A coleta da amostra de sangue deve ser feita preferencialmente nos primeiros cinco dias de aparecimento dos sintomas e não há a necessidade de preparo especial ou realização de jejum.

Quais são as medidas de prevenção?

A melhor forma de prevenção dessas doenças é impedir a proliferação do mosquito transmissor. O mosquito Aedes aegypti utiliza locais com água parada, nos quais as fêmeas depositam os ovos e, assim, proliferam. 

Por isso, mantenha sempre seu quintal limpo e livre do acúmulo de água parada. Não deixe acumular água em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. O uso de repelentes durante o dia (período mais ativo do mosquito) é também uma excelente forma de se proteger.

No Brasil, existe apenas uma vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a dengue, porém, ela só pode ser utilizada em indivíduos que já tiveram contato prévio com o vírus selvagem ao menos uma vez, sendo necessário realizar o teste sorológico para verificar a presença de anticorpos. Essa vacina não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser encontrada apenas na rede privada de saúde. Para a zika e chikungunya, no momento, não existem vacinas disponíveis.

Neste artigo, você pôde aprender mais sobre as arboviroses mais comuns. Agora chegou a hora de fazer a diferença para o combate e a prevenção dessas doenças. Seguindo medidas simples para não permitir o acúmulo de água em sua casa, você pode ajudar a eliminar os insetos transmissores.

Além dessas doenças, também é importante manter a atenção na Covid-19. Por isso, indicamos que você confira o artigo em nosso blog com mais informações sobre as mutações do coronavírus e saiba como se proteger.

Referências:

Guzman, M., Gubler, D., Izquierdo, A. et al. Dengue infection. Nat Rev Dis Primers 2, 16055 (2016). https://doi.org/10.1038/nrdp.2016.55

de Lima Cavalcanti TYV, Pereira MR, de Paula SO, Franca RFO. A Review on Chikungunya Virus Epidemiology, Pathogenesis and Current Vaccine Development. Viruses. 2022 May 5;14(5):969. doi: 10.3390/v14050969.

Pierson, T.C., Diamond, M.S. The emergence of Zika virus and its new clinical syndromes. Nature 560, 573–581 (2018). https://doi.org/10.1038/s41586-018-0446-y

Ministério da Saúde. Dengue. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue Acesso em: 08/01/2023

Ministério da Saúde. Chikungunya. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/chikungunya Acesso em: 08/01/2023
OMS. Zika Virus. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/zika-virus Acesso em: 08/01/2023

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dengue, zika e chikungunya: entenda as diferenças e como se prevenir; As arboviroses são doenças que geram grande preocupação em saúde pública. Dentre as mais conhecidas, destacam-se a dengue, zika e chikungunya, devido a sua alta incidência no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a dengue é a arbovirose com maior prevalência em solo brasileiro. Sua transmissão é mais proeminente em meses chuvosos de cada região, devido ao acúmulo de água parada, o que propicia a proliferação do mosquito transmissor. A chikungunya é uma doença relativamente nova no Brasil, tendo os primeiros casos sido identificados em 2014. Atualmente, todos os estados apresentam transmissão dessa doença. Já a zika ganhou grande destaque em razão da epidemia ocorrida entre os anos de 2015 e 2016, e sua potencial relação com casos de microcefalia congênita. Neste conteúdo, abordaremos as principais diferenças entre essas doenças, seus sintomas, como é feito o diagnóstico e como realizar a prevenção. O que são arboviroses? As arboviroses são doenças causadas por arbovírus, um grupo de vírus que compartilham uma mesma característica: são transmitidos por artrópodes, em sua maioria mosquitos hematófagos (que se alimentam de sangue). As arboviroses de maior destaque epidemiológico incluem as já mencionadas dengue, zika, chikungunya, além da febre amarela. A maior parte dos arbovírus pertence aos gêneros Alphavirus e Flavivirus, que apresentam grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros vertebrados e invertebrados. Os arbovírus circulam entre animais silvestres, sendo o homem e os animais domésticos considerados hospedeiros acidentais. Como acontece a transmissão? A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre por meio de um vetor em comum: o mosquito Aedes aegypti, um mosquito de tamanho pequeno quando comparado a outros, e que apresenta coloração preta com listras brancas no tronco, cabeça e patas. Os vírus são transmitidos somente pelas fêmeas do Aedes aegypti, que se alimentam de sangue para maturar seus ovos, enquanto os machos se alimentam apenas de seiva vegetal e não picam humanos.  O ciclo de transmissão começa quando uma fêmea é infectada ao se alimentar de sangue de um animal ou pessoa que está na fase aguda da doença, ou seja, apresentando os sintomas. O mosquito infectado pode, então, transmitir o vírus para outras pessoas ao picá-las para se alimentar. Um detalhe importante a ser destacado é que uma vez infectado, o mosquito adquire capacidade de transmissão do vírus por todo ciclo de sua vida, podendo atingir até duas semanas de duração. O que é a dengue? A dengue é uma doença causada por um vírus do tipo arbovírus (gênero Flavivirus) e possui 4 diferentes sorotipos conhecidos: DENV 1, 2, 3 e 4. Após ser infectada, a pessoa passa por um período de incubação, que pode durar de cinco a seis dias até o início dos sintomas. É uma doença que pode afetar pessoas de qualquer idade e os sintomas mais comuns são eritemas (pequenas manchas avermelhadas na pele), dores musculares e articulares, fadiga, dor de cabeça intensa, febre alta, perda de apetite, vômitos e dores atrás dos olhos. Em alguns casos, os sinais clínicos podem ser leves ou até mesmo ausentes. Para saber mais informações sobre a dengue, sugerimos a leitura do conteúdo: Como a dengue é transmitida? O que é a zika? A zika é uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKV), um arbovírus também membro do gênero Flavivirus. O ZIKV foi descoberto e isolado no final da década de 40, em macacos na floresta Zika, localizada na Uganda, África. A partir daí, o vírus foi detectado em diversos países e continentes, incluindo a América do Sul. Quais os sintomas? Assim como a dengue, a infecção pelo vírus Zika apresenta período que pode variar de dois a sete dias para o aparecimento dos sintomas. No entanto, uma parcela significativa das pessoas infectadas evolui sem apresentar qualquer sintoma. Quando sintomática, a zika pode apresentar quadro clínico variável, envolvendo manifestações brandas e autolimitadas. Os sintomas mais comuns incluem erupções cutâneas, febre, conjuntivite não purulenta, dores musculares e articulares, mal-estar e dor de cabeça. Perceba que os sintomas da zika são semelhantes a outras arboviroses e doenças infecciosas, sendo necessária a realização de exames laboratoriais para o diagnóstico conclusivo. Quais as possíveis complicações da zika? Apesar de ser, na maioria dos casos, uma doença com sinais clínicos leves, a zika gera preocupação devido a sua associação com complicações neurológicas, principalmente na gestação. O vírus Zika pode ser transmitido da gestante infectada para o feto durante o período gestacional, o que pode gerar anormalidades congênitas. Estudos científicos encontraram associações entre a infecção pelo vírus durante a gravidez e o nascimento de bebês com microcefalia e outras malformações congênitas, bem como parto prematuro e aborto espontâneo. A infecção também pode estar associada ao desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (um distúrbio autoimune que ataca o sistema nervoso), neuropatia e mielite, principalmente em adultos. Contudo, é necessário enfatizar que mais estudos são necessários para esclarecer o real papel do vírus Zika nessas patologias. O que é a chikungunya? A chikungunya é uma doença causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), um arbovírus do gênero alphavirus. O nome “chikungunya” se deve ao local onde o vírus foi inicialmente descrito, na Tanzânia. A população local usava o termo para descrever uma doença que afeta as articulações, um dos principais sintomas apresentados. Quais os sintomas? Após o período de incubação (dois a sete dias), a sintomatologia característica da chikungunya é a febre de início abrupto, frequentemente associada a fortes dores articulares. Outros sintomas também são relatados e podem abranger dores pelo corpo, erupções avermelhadas pela pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor de garganta e diarreia ou dor abdominal (especialmente em crianças). A doença possui um quadro de evolução que pode ser dividido em três fases. A primeira (ou aguda) é mais febril, e tem duração que varia de uma a duas semanas. A segunda (ou pós-aguda) tem duração maior, com persistência dos sintomas por mais de dois meses. Por fim, pode se tornar crônica caso os sintomas durem mais de três meses.  A maioria dos pacientes se recupera totalmente, mas, em alguns casos, a dor nas articulações pode persistir por vários meses ou até anos. Podem ocorrer outras manifestações não tão comuns que afetem os sistemas nervoso e cardiovascular, pele, rins, olhos, entre outros. Existem associações da chikungunya com casos de meningoencefalite, encefalopatia, convulsões e síndrome de Guillain-Barré. Muitas vezes, os sintomas em indivíduos infectados são leves e a infecção pode passar despercebida ou ser diagnosticada erroneamente, como dengue. Qual exame detecta dengue, zika e chikungunya? O diagnóstico da dengue, zika e chikungunya leva em consideração os sintomas apresentados pelo paciente, exame físico e histórico epidemiológico da região onde o paciente vive (se é ou não uma área endêmica). Entretanto, não é possível diferenciar as três doenças apenas pela observação clínica, em virtude da semelhança entre os sintomas, sendo necessária a realização de exames complementares. Atualmente, é possível fazer o diagnóstico diferencial entre as três doenças, por meio de um único exame: a Detecção Molecular do Vírus da Dengue, Zika e Chikungunya. Esse exame é um painel molecular para detecção qualitativa dos vírus ZIKV, DENV e CHIKV, através da técnica de PCR em tempo real. Com uma única amostra de sangue coletada, o painel consegue identificar o agente viral que causa a infecção e, dessa forma, estabelecer o diagnóstico preciso. Não existem contraindicações para a realização do exame, sendo indicado quando há suspeita de infecção. A coleta da amostra de sangue deve ser feita preferencialmente nos primeiros cinco dias de aparecimento dos sintomas e não há a necessidade de preparo especial ou realização de jejum. Quais são as medidas de prevenção? A melhor forma de prevenção dessas doenças é impedir a proliferação do mosquito transmissor. O mosquito Aedes aegypti utiliza locais com água parada, nos quais as fêmeas depositam os ovos e, assim, proliferam.  Por isso, mantenha sempre seu quintal limpo e livre do acúmulo de água parada. Não deixe acumular água em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. O uso de repelentes durante o dia (período mais ativo do mosquito) é também uma excelente forma de se proteger. No Brasil, existe apenas uma vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a dengue, porém, ela só pode ser utilizada em indivíduos que já tiveram contato prévio com o vírus selvagem ao menos uma vez, sendo necessário realizar o teste sorológico para verificar a presença de anticorpos. Essa vacina não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser encontrada apenas na rede privada de saúde. Para a zika e chikungunya, no momento, não existem vacinas disponíveis. Neste artigo, você pôde aprender mais sobre as arboviroses mais comuns. Agora chegou a hora de fazer a diferença para o combate e a prevenção dessas doenças. Seguindo medidas simples para não permitir o acúmulo de água em sua casa, você pode ajudar a eliminar os insetos transmissores. Além dessas doenças, também é importante manter a atenção na Covid-19. Por isso, indicamos que você confira o artigo em nosso blog com mais informações sobre as mutações do coronavírus e saiba como se proteger. Referências: Guzman, M., Gubler, D., Izquierdo, A. et al. Dengue infection. Nat Rev Dis Primers 2, 16055 (2016). https://doi.org/10.1038/nrdp.2016.55 de Lima Cavalcanti TYV, Pereira MR, de Paula SO, Franca RFO. A Review on Chikungunya Virus Epidemiology, Pathogenesis and Current Vaccine Development. Viruses. 2022 May 5;14(5):969. doi: 10.3390/v14050969. Pierson, T.C., Diamond, M.S. The emergence of Zika virus and its new clinical syndromes. Nature 560, 573–581 (2018). https://doi.org/10.1038/s41586-018-0446-y Ministério da Saúde. Dengue. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue Acesso em: 08/01/2023 Ministério da Saúde. Chikungunya. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/chikungunya Acesso em: 08/01/2023OMS. Zika Virus. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/zika-virus Acesso em: 08/01/2023